Especialistas afirmam que formação técnica é requisito fundamental, mas não é o único critério na seleção de profissionais.
Por Rômulo Martins
Fonte: Empregos.com.br
Quanto vale um diploma? As empresas olham para ele na hora de contratar? Segundo consultoras de carreira ouvidas pelo Empregos.com.br um curso de educação profissional, uma graduação ou mesmo uma pós-graduação pode ser fundamental no alcance dos objetivos profissionais.
“Seja qual for a direção que o profissional quer dar a sua carreira precisa sim ter qualificação”, afirma Adriana Roggieri, coordenadora da Foco Talentos, empresa do Grupo Foco especializada em recrutamento e seleção de estagiários e trainees.
“Uma graduação agrega valor ao currículo de um profissional. Não basta ter informação, o mercado exige formação acadêmica”, diz Jamile Ferraresso, psicóloga e analista de carreiras da Veris Faculdades.
Dados do IBGE nas seis principais regiões metropolitanas do país mostram que a graduação pode ser o passaporte para o emprego. Segundo o levantamento, a taxa de desemprego da população que tem nível superior atingiu 3,1% em 2010 - o menor nível em oito anos. Quase a metade da média nacional (6,7%).
Ou seja: quase não falta trabalho aos profissionais que possuem diploma, ainda que fora da área de formação. O bom momento econômico favorece as contratações, mas para Jamile Ferraresso, da Veris Faculdades, há outra explicação para o alto índice de emprego dos graduados. “A graduação traz a fundamentação teórica somada à experiência dos professores e à troca com os próprios alunos, alicerces da prática profissional.”
No entanto, especialistas lembram que a formação acadêmica é apenas um dos critérios exigidos do profissional do século 21. “O diploma não garante o emprego. Além da formação técnica, o profissional precisa reunir as competências comportamentais que o mercado procura”, afirma Adriana Roggieri, da Foco Talentos.
Praticar também é importante
Colocar em prática os conhecimentos adquiridos no ambiente acadêmico ainda durante a universidade é a melhor maneira de entender a lógica de mercado e também de desenvolver as competências comportamentais exigidas pelas empresas. “Candidatos que têm vivência na área estão na frente dos que não têm”, aponta Adriana.
A maioria dos estudantes recorre ao estágio para aliar teoria e prática, mas segundo Adriana, opções como o trabalho voluntário e o engajamento em empresas juniores ou em atividades de iniciação científica em que é possível elaborar projetos a partir de estudo de casos também são relevantes. Contudo é preciso avaliar se a atividade desempenhada vai ao encontro dos seus objetivos de carreira, lembra Jamile Ferraresso, da Veris Faculdades.
Jamile ressalta que o profissional deve ficar de olho nas tendências de sua área e nas exigências do mercado. “É preciso acompanhar o mercado, analisar as mudanças e como elas influenciam negativa e positivamente em sua carreira, e traçar planos.”
Segundo a consultora, ter um networking fortalecido também é fundamental para trocar informações e descobrir oportunidades profissionais. “Frequente ambientes públicos, vá a palestras, congressos e seminários de sua área. Fortaleça sua rede. Para ser efetivo o networking deve ser afetivo.”
Matéria:
http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/noticias/diploma-para-conseguir-emprego.shtm
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