“- Hoje em dia os jovens enfrentam um verdadeiro campo de provas para entrar em um mercado que cresce 7,5% ao ano. Neste quadro vamos abordar quais são as profissões do futuro, as áreas que já estão saturadas e quais apresentam as melhores oportunidades, além das dicas para como se comportar em uma entrevista de emprego e como driblar a falta de experiência” - explica Max.
Bastante válida, a iniciativa da Rede Globo de Televisão tem contribuição muito importante para as centenas de milhares de profissionais que são despejados no mercado de trabalho semestralmente, mas deixa de lado uma parcela esmagadora da população de jovens brasileiros: aqueles que não têm qualificação profissional de qualquer tipo (entenda por qualificação profissional qualquer curso profissionalizante, seja ele de nível superior ou técnico).
Anualmente, o governo promove a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que levanta dados sobre diversas características demográficas e sócio-econômicas da população. Especificamente, o cruzamento das características educacionais com as de trabalho e permite captar o retorno dos diferentes níveis e tipos de ensino em termos de inclusão empregatícia. Segundo esses dados (até março de 2010), “a chance de uma pessoa da população em idade ativa com formação profissional concluída é 48,2% maior que outra pessoa sem estes cursos” (apud “A Educação Profissional e Você no Mercado de Trabalho” – FGV/CPS e Instituto Votorantim).
De acordo com o estudo realizado pelos alunos da Fundação Getúlio Vargas, em conjunto com o Instituto Votorantim, mais de 80% da População Economicamente Ativa (PAE) não cursou qualquer formação profissional (considerando cursos superiores, técnicos e tecnológicos). Para se ter uma ideia, a taxa de ocupação, que representa a chance de um candidato preencher uma posição formal de trabalho formal, cai de 71,6%, para as pessoas que possuem uma qualificação profissional qualquer, para 53,1%, quando as pessoas não têm qualquer qualificação específica, ou seja, uma diferença de mais de 34%.
Antes de qualquer outra coisa, é preciso ter em mente que de nada adianta qualificação se você não tem idéia do que quer para sua vida profissional. É preciso organizar as idéias e estabelecer um objetivo. Isso facilita a visualização dos principais obstáculos que estão por vir e como passar por eles. Para se preparar, busque informações não só sobre a vaga para a qual pretende se candidatar, mas também sobre o ambiente de trabalho proporcionado pela empresa, sobre a empregabilidade naquela carreira (que cursos são necessários, por exemplo) e sobre o mercado de trabalho na região, são três bons exemplos de por onde começar. Isso te dará mais segurança na hora de encarar as etapas do processo seletivo e a forma mais simples de fazer isso é recorrer a sua rede de contatos com pessoas empregadas (amigos, parentes, professores, etc.), leitura de artigos em revistas especializadas, jornais, sites e livros.
Tenha em vista que exitem caminhos que podem facilitar a entrada no mercado de trabalho, mesmo para aqueles com pouca ou nenhuma qualificação profissional:
Estudar
O cenário para os próximos anos é bastante claro, de acordo com a minha interpretação da pesquisa. Para diferenciar-se e aumentar as suas chances de trabalho o caminho não é outro senão qualificar-se. Os dados mostram que para realizar cursos que aumentem a empregabilidade, em termos de requisito educacional mínimo, em geral os cursos de qualificação profissional não exigem nenhum piso (45,46% deles). Ou seja, não é necessário que você tenha atingido um determinado nível educacional para se matricular.
Outra vantagem, é que estes cursos oferecem, muitas vezes, mais do que uma formação teórica, complementando o conteúdo oferecido com cargas práticas em empresas parceiras. É o que acontece, por exemplo, com cursos de atendente de telemarketing.
Trabalho voluntário
É a atividade desempenhada ao prestador do serviço ou trabalho sem nenhuma remuneração ou vinculo empregatício. Uma ótima fonte para vagas deste tipo provém das Organizações não Governamentais (ONGs) que estão difundidas em todo o planeta. Você deve procurar trabalho voluntário em sites como o Portal do Voluntário que procuram aglomerar boas ONGs (organizadas, sérias e comprometidas). Procure por atividades alinhadas com sua suas expectativas de carreira. Recrutadores gostam de jovens que demonstram iniciativa e comprometimento social. O trabalho voluntário fará bem ao seu currículo e o ajudará na conquista do primeiro emprego.
Trabalho Temporário
Épocas em que o mercado de consumo se agita em decorrência de datas especiais, trazem junto vagas temporárias. Datas comemorativas como Dia das Mães, dos Pais, Natal e outras festividades faz com que as empresas precisem contratar um grande número de profissionais para atender as demandas sazonais que se formam em praticamente todos os nichos de mercado (indústria, serviços e varejo). Nessas situações, o tipo de contrato firmado é o trabalho temporário. Algumas funções comuns como de vendedores, atendentes, telemarketing, etc., valem a pena mesmo que em um primeiro momento pareçam estar desalinhadas com seus objetivos de carreira, já que além de desenvolverem características como liderança, trabalho em equipe e eloquência, elas também dizem que você já passou, pelo menos uma vez, em um ambiente de intenso trabalho profissional e conhece questões como cumprimento de horários, comprometimento, sistema hierárquico, etc…
A Proativa RH constuma trabalhar várias vagas deste tipo. Fique atento às nossas oportunidades.
Concurso Público
Para quem está começando a vida profissional, fazer um concurso público pode ser muito atraente, já que além de não ser necessária experiência anterior, o jovem não precisa se submeter aos baixos salários pagos pelas empresas do setor privado em estágios ou nos primeiros empregos.
Por outro lado, passar em um concurso requer dedicação, disciplina e muitas vezes ser financiado durante o período de estudos, o que não é exatamente a condição de muitos brasileiros que tentam suas primeiras ocupações profissionais.
Quero ainda lembrar que buscar um emprego não se limita ao momento da entrevista ou dinâmica de grupo. Tudo que eu já disse aqui em outros momentos vale também para aqueles que buscam o primeiro emprego. Se você acompanha o blog vale a pena reler, senão, leia também:
Nome sujo: Até que ponto isso atrapalha?
A difícil arte de procurar emprego
Qual a imagem que seu currículo transmite?
Recrutamento, Seleção e as Redes Sociais
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Guilherme Françoso é bacharel em Psicologia, especializado em Administração de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas e cursa MBA em Gestão Empresarial pela FIA-USP. Atua em Recrutamento e Seleção desde 1999 e atualmente é Gerente de Planejamento Estratégico da Proativa RH. Criou e administra o grupo virtual Gestão por Competências, que conta com mais de 1800 profissionais associados, em sua maioria na área de Recursos Humanos. Ao longo de sua trajetória profissional, já foi o responsável por recrutar e selecionar profissionais de diversos níveis hierárquico para empresas como Nextel, Santander, HSBC, TIM Celular, ALCOA e muitas outras empresas.
Guilherme Françoso é bacharel em Psicologia, especializado em Administração de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas e cursa MBA em Gestão Empresarial pela FIA-USP. Atua em Recrutamento e Seleção desde 1999 e atualmente é Gerente de Planejamento Estratégico da Proativa RH. Criou e administra o grupo virtual Gestão por Competências, que conta com mais de 1800 profissionais associados, em sua maioria na área de Recursos Humanos. Ao longo de sua trajetória profissional, já foi o responsável por recrutar e selecionar profissionais de diversos níveis hierárquico para empresas como Nextel, Santander, HSBC, TIM Celular, ALCOA e muitas outras empresas.
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