“Foi há apenas um momento ”!
Ouvi essa frase ontem de um dos participantes do nosso curso de crescimento pessoal aqui na reserva ecológica da Serra do Japi, em Jundiaí, São Paulo.
E comecei a me dar conta de que todas as coisas importantes em nossas vidas são decididas em momentos muito curtos, flashes, capazes de alterar o curso de nossa história.
O momento em que se juntam as células de pai e mãe e formam a primeira célula do bebê. A vida que se forma em apenas um momento.
Aquele dia em que chego em casa cansado, depois de mais de 12 horas entre reuniões, trânsito e algumas dificuldades, ao abrir a porta, me vejo com a boca pronta para reclamar, lamentar, quase que automaticamente: “Nossa, hoje foi difícil, fiquei 2 horas no trânsito, estou com as pernas doendo...” e por aí vai.
E, naturalmente a primeira pessoa que me ouve, imediatamente começa a numerar suas dificuldades, o quanto ela também está cansada e sem perceber, entramos em uma competição para provar o dia de quem foi mais duro.
E é em apenas um momento que tudo isso muda, quando ao abrir a porta, mesmo com vontade de reclamar, por um segundo escolho ficar em silêncio e dizer apenas: “Tudo bem amor? Comigo está tudo muito bem.”. E percebo as próximas horas, onde tomamos banho, fazemos o jantar, vemos um seriado na televisão, lemos, ouvimos música, e tudo corre muito bem. Nem um segundo foi desperdiçado com o lamento. Apenas foi feito o que devia ser feito.
Costumo orientar executivos e líderes de grandes empresas em processos de Coaching e é comum ouvir também: “Foi apenas há um momento ”.
“Toda a minha vida estive nesta empresa e me dedico 10 horas por dia. Já não me lembro o que realmente gosto de fazer e nem acho que isso seja possível. E parece que foi um momento atrás quando passei por aquela porta pela primeira vez, há 30 anos”
E em cada sessão nos vemos juntos em momentos como esse, de decisão. E algumas pessoas retornam uma semana depois, ou três meses depois a um de nossos treinamentos e dizem: “Foi tudo tão corrido, tanta coisa para fazer, que não tive tempo de parar para pensar em meu sonho, em meu projeto”.
E os meses, e os anos se passam, e nada é construído.
De quanto tempo no fundo precisamos para parar e pensar no que estamos fazendo? Se perguntar: “É disso que realmente gosto? Essa pessoa me faz bem? Como vou cuidar de minha saúde também? Estou trabalhando por medo de ficar sem nada ou por amor ao meu sonho?
Duas horas de uma sessão de coaching, dois dias de treinamento aqui na Serra do Japi, cinco minutos à beira de sua cama antes de dormir ou apenas os primeiros momentos logo após abrir os olhos pela manhã. “O que eu estou fazendo? O que eu realmente gosto? A quem eu preciso dar mais atenção? Quais as coisas realmente importantes para mim, não para os outros?”.
Perguntas simples e corajosas. Um momento, um piscar de olhos, que pode decidir se nos próximos 30 anos de sua vida você estará dormindo ou acordado. Acordado para a verdadeira vida.
Eu convido você a parar onde está, respirar cinco vezes profundamente, e se fazer essas perguntas agora.
E ouse ter a coragem de ouvir a resposta. Pois ela sempre vem, de algum lugar bem fundo em você mesmo. Ela sempre esteve com você.
E se você não tiver um momento agora, podemos conversar novamente em trinta anos.
*Nicolai Cursino é consultor, treinador e palestrante em desenvolvimento humano e liderança, com foco no crescimento sustentável das pessoas e das empresas. Sua atuação abrange América Latina, Estados Unidos e Europa. É sócio-diretor da Iluminatta Brasil Desenvolvimento Humano.
Fale com ele escrevendo para:
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