[19/09/2005]
Márcio Zenker
"Estou insatisfeito no trabalho".
"Sinto-me sozinho, sem interlocutor para trocas significativas".
"Tenho a sensação de que estamos perdidos, sem rumo".
"A insegurança parece estar cada vez mais presente no clima organizacional".
"Sinto-me impotente para conseguir o que está sendo cobrado".
Estas são falas comuns no meio empresarial, ora manifestas, ora ocultas, mas sentidas por muitos. São sentimentos individuais e coletivos que estão associados a frustrações, ansiedades, medos, angústias e depressões da vida atual. Muitos profissionais parecem não reconhecer esse estado e vivem na correria desenfreada, com tentativas de acertos e erros. E o pior, os resultados alcançados parecem estar quase sempre aquém dos almejados. Isto provavelmente leva as pessoas a se isolarem cada vez mais, realizando seus trabalhos individualmente. A competição faz parte do dia-a-dia. Na competição, perde-se o sentido das interações com os outros. Por onde anda a cooperação, os verdadeiros trabalhos em equipe, as parcerias que funcionam na prática?
Felizmente, conhecemos casos de conquistas, de esforços conjugados. Dentre as tendências e fatos de mercado e sociedade, observamos quatro em crescimento:
- A cooperação multidimensional, envolvendo o interior e exterior da organização. Há um crescente desejo e uma necessidade de inclusão, seja de áreas funcionais, de processos, de conciliar diferenças.
- O crescimento individual como condição da evolução organizacional. Ambos devem crescer em paralelo com satisfação conjunta. Assim, o mundo micro se associa ao macro e este a um mundo ainda maior. Aplica-se, aqui, o conceito de co-evolução.
- O uso cada vez mais freqüente e competente de projetos: projetos organizacionais, projetos de vida, aprendizagem por projetos e outros. Se há projetos, há sonhos; se há sonhos, evocam-se potenciais.
- A educação continuada e inovadora preparando profissionais para conseguirem ver o mundo que se mostra cada vez mais complexo, diferente da educação tradicional com excessivo foco no texto, nas palavras. As múltiplas linguagens da mídia atestam a necessidade de ver-sentir-mudar em complemento ao paradigma do analisar-pensar-mudar. As tecnologias da informação e comunicação são bem-vindas nesse contexto quando estimulam nossos órgãos dos sentidos a captarem o que passa despercebido em nosso dia-a-dia.
Na emergência destes cenários, percebemos que programas de Mentoring e Coaching vêm ao encontro dessa realidade em transição. Mentoring, nessa perspectiva, pode ser conceituado como processo de apoio desenvolvido por um consultor/mentor com suporte de um time de especialistas a fim de ajudar um indivíduo (mentoreado) a melhor definir seu território, ampliar seu potencial e alinhar suas motivações internas com atividades e projetos que o levarão ao sucesso. Já Coaching diz respeito ao processo diretivo desenvolvido por gerente ou consultor externo a fim de treinar e orientar um colaborador em relação ao seu trabalho, à empresa e aos seus projetos, ajudando-o na superação de obstáculos com impacto em seu desempenho produtivo e inovador.
É interessante notar que tanto Mentoring quanto Coaching têm algo em comum. Ambos possuem como essência a relação interpessoal. Uma análise mais profunda denota o jogo de identidade e alteridade nas relações eu-outro. O outro pode ser visto como aquilo que falta e cuja presença permite a plenitude do eu, evocando situações de comunicação significativa e imprimindo sentido ao que se diz e ao que se faz. O trabalho de Mentoring e Coaching, portanto, estimula a reciprocidade entre pessoas na ampliação da percepção, descoberta de soluções, de decisões mais conscientes e de ações mais pertinentes para conseguir o que se busca.
Complementando a abordagem acima, quais são os meios de realização de um programa envolvendo essas duas atividades? Como ocorrem na prática? Aqui estão algumas formas de operacionalização: encontros e diálogos inovadores, visualização de cenas, entrevistas, dinâmicas de grupo, testes vocacionais, estudo da carreira, autobiografia, avaliação e desenvolvimento de competências, gestão de processos, gestão de projetos, análise de cenários, estruturação de situações problemas/oportunidades, mediação de conflitos, práticas de liderança, team building, análise do equilíbrio: família, trabalho, tempo e dinheiro, marketing pessoal, empreendedorismo e vivências alternadas, entre outros.
Empresas ou indivíduos optam por um ou pelos dois modelos conjugados em função de suas prioridades e expectativas de retorno. Os instrumentos e metodologias estão aí. As escolhas se fazem necessárias para se viver experiências marcantes no presente antes que seja tarde.
Márcio Zenker
Pós-graduado em Administração Geral e Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas e formado em Psicologia pela USP. Professor de pós-graduação da Unisa, Unifei, Unasp e Senac. Pesquisador especializado em novas metodologias e estratégias para o desenvolvimento de líderes e equipes. Coordenador do Departamento do Coaching e Mentoring e membro da equipe multidisciplinar do Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual (INSADI), voltada à implementação de programas de educação corporativa.
Publicado no site RH.com.br (http://www.rh.com.br/ler.php?cod=4215&org=1)
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